Talvez estivessem ali reunidos há duas horas ou talvez tenham sido apenas cinco minutos, mas foi no meio do brainstorming que alguém levantou a voz e disse algo como: “E se a empresa conversasse com os fãs como se fossem amigos?”. A história é apenas especulação, claro, embora eu realmente imagine que tenha acontecido mais ou menos assim o insight que deu origem à febre de perfis pra lá de descolados de algumas organizações nas redes sociais.
Escrito ao som de Song to Rosa – Clique no play e ouça também!
Talvez estivessem ali reunidos há duas horas ou talvez tenham sido apenas cinco minutos, mas foi no meio do brainstorming que alguém levantou a voz e disse algo como: “E se a empresa conversasse com os fãs como se fossem amigos?”. A história é apenas especulação, claro, embora eu realmente imagine que tenha acontecido mais ou menos assim o insight que deu origem à febre de perfis pra lá de descolados de algumas organizações nas redes sociais.
No Brasil, o tom de voz empregado pela Netflix na interação com internautas se tornou um tipo de referência pop, quase um cânone do mercado. Também, pudera… De linguagem informal e completo domínio sobre todo o extenso conteúdo de entretenimento que o serviço disponibiliza, a “pessoa Netflix” é altamente capacitada a conversar minúcias com cada tipo de fã-clube. Alguém que, certamente, gostaríamos de ter numa mesa de bar. Mas isso é mero acaso? Sorte, talvez?
É claro que não. Por trás de um desenvolvimento tão bem-feito, existem estratégias indispensáveis para determinar que tipo de voz uma empresa deve ter. Na Partners, de norte a sul do país, produzimos conteúdo e monitoramos as redes sociais dos mais variados tipos de clientes, do Ministério do Trabalho e Emprego ao Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo (CRCSP). Um deles, em especial, tem se encaixado como uma luva nessa estratégia: a Nó de Rosa Produções e Eventos. E já vou logo avisando que, se você não conhece a dona Rosa, modéstia à parte, não sabe o que está perdendo.
Para começar, não se deve chamá-la de dona. Isso fica claro no primeiro post em que a Nó de Rosa passou a falar diretamente e em primeira pessoa com seus fãs. Outra mudança: antes, as publicações eram feitas em, no máximo, quatro linhas (é claro que, em alguns casos, isso não era possível). Assim, evitávamos o link “ver mais”, uma das tradicionais pedras no sapato do engajamento. Agora, sempre que for interessante, encontram-se lá textos longos e sem culpa, confiando na abordagem e na articulação do conteúdo que se apresenta.
A “pessoa Rosa”
Rosa é uma mulher despachada, de grande bom humor e uma séria tendência ao vício por memes. Ela não precisa mais se preocupar em responder inbox com mensagens do tipo “estamos avaliando a possibilidade de trazer o artista para a cidade. Obrigado pelo seu contato!”, sempre que alguém pergunta, sei lá, se são verdade os boatos de que sir Paul McCartney se apresentará em Belo Horizonte, no mês de outubro.
Agora, ela pode responder algo como: “Olha só, você sabe que fazer grandes eventos envolve muitas negociações, né? O que eu tô tentando dizer é que não depende só de mim, e eu não posso ficar contando as coisas demais, senão dá azar”. E foi mais ou menos o que ela disse até o dia em que finalmente pôde confirmar o show do ex-Beatle para o dia 17 de outubro, no Mineirão.
Mas esse tipo de estratégia não pode e não deve ser uma regra. Antes de tudo, é preciso se perguntar: a empresa em questão é mesmo assim, como eu pretendo mostrar na internet? Cá entre nós, ser uma coisa na rede social e outra completamente diferente na vida real é uma prática um tanto comum de pessoas físicas e jurídicas. Mas, se você possui a ambição de ter sucesso na rede, o primeiro passo é dar vida a uma voz crível e honesta.