As mudanças em fusões & aquisições com a pandemia de Covid-19

 

Quais mudanças aconteceram em fusões e aquisições devido à pandemia de covid-19? Neste post, nossa parceira Investor explica para você!

 

Diversos setores da economia foram afetados, em maior ou menor grau, mas todos sentiram os impactos do coronavírus de alguma forma. Uma coisa é certa: todos estão passando por transformações.

Podemos observar a ascensão do e-commerce em detrimento das lojas físicas no setor varejista, quartos que viraram escritórios para sobreviver à crise no hoteleiro e o setor de entretenimento investindo em lives e outros formatos para o futuro pós-pandemia.

E com as operações de M&A não foi diferente. Em meio à tantas incertezas, é normal que vendedores e compradores estejam mais receosos. Mas na prática, quais mudanças ocorreram nas negociações de fusões & aquisições com a pandemia de Covid-19?

Vamos descobrir ao longo deste texto.

 

O que é M&A?

A origem da sigla M&A vem do inglês Mergers and Acquisitions que, no português, significa Fusões & Aquisições. Ela representa um conjunto de operações societárias, ou seja, transações de compra e venda entre empresas.

No Brasil, esse tipo de negociação vem crescendo nos últimos anos e envolve participações em sociedades, fusões, cisões e incorporações.

Os motivos que levam empresas a realizarem fusão e aquisição são vários, vejamos alguns deles:

– estratégia de mercado

– desejo de expansão

– redução da concorrência

– diversidade de investimentos

– ganho de eficiência com obtenção de recursos, liquidez, financiamento de operação etc.

A realização de um M&A leva a mudanças estratégicas e organizacionais para todos os envolvidos, por isso deve ser feita da forma correta desde o início. É preciso ter em mãos todas as informações das partes para definir qual o melhor processo para seguir com a negociação.

Um dos primeiros passos é o cálculo do Valuation da empresa que, em boa parte das empresas, será afetado pela pandemia. Para saber mais, clique aqui.

O que muda no M&A com a Covid-19?

A expectativa para 2020 era bastante favorável quanto à economia e, consequentemente, para o mercado de M&A, pois previa uma retomada nas fusões & aquisições, em comparação com os últimos anos.

No entanto, a pandemia de Covid-19 alterou o cenário no Brasil e no mundo, impactando as atividades empresariais de forma geral e paralisando, ou cancelando transações. Empresas como Outback Brasil e Laureate tiveram seus acordos suspensos.

Ainda assim, apesar do contexto e circunstâncias atuais, alguns acordos previamente negociados se mantiveram, com ampliação do prazo para conclusão das transações, como foi o caso da Petrobras e da Oi.

Como sinal de um cenário mais promissor, podemos citar ainda uma negociação concluída no início deste mês, no valor de R$ 3,18 bilhões. A Allianz comprou as operações de seguros de automóvel e de ramos elementares da SulAmérica, o que a fez subir ao posto de segunda maior seguradora do mercado no ramo de automóveis.

A previsão otimista é que as operações de M&A ganhem novo fôlego na segunda metade do ano. Porém, nesse momento é necessário considerar alguns aspectos importantes e que ganharam ainda mais relevância nas negociações, como o processo de auditoria, a precificação e contrato. 

 

Due diligence

Durante as negociações de fusões & aquisições, realiza-se um processo de investigação para entender a fundo a real situação da empresa alvo do negócio. A isso é dado o nome de due diligence, ou seja, diligência prévia.

Essa etapa é feita com o intuito de detalhar as informações financeira, contabilística, fiscal e jurídica da empresa para a parte interessada, de forma que ela possa analisar a oportunidade de negócio, bem como o risco inerente à operação.

E o que muda referente à due diligence para fusões & aquisições com a pandemia do Covid-19?

Bom, negociações ainda em fase de conversa, sem contrato assinado e diligência completa, têm maior probabilidade de não se concretizarem. Já aquelas que assinaram contrato, mas ainda não concluíram o acordo podem ter o prazo estendido.

Além disso, tanto compradores quanto vendedores deverão ser mais cautelosos no processo de verificação, afinal, os riscos pós-crise serão ampliados. Comunicação estratégica é essencial! No caso dos primeiros, devem-se estar atentos aos seguintes pontos:

– cumprimento de contratos

– checagem dos procedimentos e detalhes para casos de rescisão

– existência de seguros da empresa alvo da negociação

– análise criteriosa de índices financeiros

– identificação dos impactos futuros para o ativo

– contar com assessoria especializada e imparcial para diligência e avaliação

Precificação

Em função de baixa na bolsa, variação cambial e da projeção não favorável para desempenho futuro do negócio, é possível que exista uma precificação menor, criando oportunidades no mercado de fusões & aquisições.

Um dos setores em que se abrirá essa janela de possibilidades é o elétrico. Segundo executivos do setor, nem todos os players suportarão os desequilíbrios econômico e financeiro causados pela pandemia.

Além disso, com a pandemia de Covid-19, alterações nas operações da empresa podem aumentar ou diminuir o preço de venda ou de compra.

Para quem compra é o momento de estar atento para aproveitar essas oportunidades. E, para quem vende, de se assegurar de estar fazendo um bom negócio minimizando prejuízos. 

Conclusão

Diante da pandemia de covid-19, transações de fusões & aquisições sofreram mudanças na forma de sua realização e podem, ainda, ter outras adaptações.

Compradores e vendedores precisarão avaliar cuidadosamente os impactos da crise nas operações e nas contas a pagar e a receber, bem como terão de fornecer muito mais garantias para concluir uma negociação, estabelecendo as hipóteses em que poderão desistir da operação de M&A.

Vale ressaltar que, mais do que nunca, se faz necessária a presença de profissionais capacitados para auxiliar nas negociações e auditoria na fase de due dilligence.

 

Este texto foi escrito pela Investor, uma consultoria especializada em avaliações, sejam elas de empresas ou empreendimentos, imobiliárias e de ativos fixos, que atua em operações societárias, com valuation, emissão de laudos regulatórios e mais.

 

 

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