As discussões e desafios globais do mercado de food service

 

Se você é um empreendedor, estar atento ao crescimento do seguimento de take away dentro do mercado de food service pode trazer insights valiosos para seu negócio. Confira!

 

Alimentar-se é uma necessidade humana. Desde o seu início até hoje, agora, neste momento em que você nos lê, a alimentação é uma necessidade básica para que o ser humano exerça suas atividades, estabeleça rotina e, enfim… sobreviva. 

Deixando este aspecto óbvio de lado, passamos para o ponto que interessa. Além da evolução da espécie humana, houve também uma evolução dos hábitos de alimentação. Enquanto, em outrora, nós literalmente corríamos atrás dos nossos alimentos, hoje eles praticamente batem à nossa porta já prontinhos para serem devorados.

Tudo isso graças à tecnologia, comunicação e a mobilidade que facilitam o nosso dia a dia. Nesta questão específica, podemos citar os aplicativos de delivery de comida.

Os aplicativos de entrega de comida e o mercado de food service

Este setor movimentou mais de 170 bilhões de reais por ano nos últimos dez anos. Os dados são do IFB – Instituto Foodservice Brasil. E mesmo em um cenário econômico desfavorável, as receitas do mercado em 2017 subiram em mais de 3% em relação ao ano anterior. E ainda, as empresas do ramo que contam com mais de 20 lojas, também obtiveram crescimento. Neste caso, maior que 10% em relação a 2016.

No Brasil, a indústria da alimentação obteve um faturamento de aproximadamente 10 bilhões de reais. O que revela que, mesmo em um momento econômico crítico e de retração, o brasileiro manteve e sustentou o seu hábito de se alimentar ou comprar comida fora de casa. Os dados são da ABF – Associação Brasileira de Franchising. Tal comportamento é explicado por que a indústria de food service se adaptou o apresentou inovações e tendências globais para atender às novas exigências e experiências que consumidores têm buscado. 

Ou seja, comer deixou de ser apenas um hábito, tornou-se uma experiência. 

O comportamento do consumidor no mercado food service

Como foi dito anteriormente, o comportamento do consumidor mudou. Hoje, mais do que fazer uma refeição, as pessoas buscam uma experiência. Obviamente, precisamos deixar claro aqui que essa questão é voltada para aquelas pessoas privilegiadas que têm acesso a isso.

O consumidor atual quer se sentir especial. Quer ter uma experiência de receber o seu pedido em uma embalagem especial, na porta de casa, no conforto do seu sofá. Ou ainda, quer estar na pele de um chef e receber todos os ingredientes e equipamentos necessários para fazer um prato francês para os amigos ou uma massa italiana para a família. É necessário uma excelente gestão de marketing para agir diante deste cenário.

Diante destes fatores, a indústria se modificou e hoje oferece uma diversidade de serviços que se apoiam em:

  • Refeições personalizadas
  • Alimentação saudável e sustentável
  • Experiências dinâmicas
  • Cozinhas étnicas e regionais
  • Produtos artesanais
  • Operações online
  • Inovações tecnológicas

Atraídos pelos softwares, plataformas e aplicativos online para entrega de comida, os clientes desenvolveram demandas diferentes das antigas, tradicionais e já nostálgicas entregas de pizza encomendas por telefone.

As plataformas, além de serem uma via de acesso para a realização de um pedido, recolhem dados, preferências e gostos dos clientes e conseguem personalizar o acesso e a experiência de navegação de acordo com aquilo que o consumidor prefere e mais gosta.

De modo geral, os pedidos são para casa. A maioria – 82% – foi feita em casa, enquanto apenas 16% são feitos no local de trabalho. Os pedidos aumentam nos fins de semana. Os dias de maior volume para as plataformas on-line são sexta, sábado e domingo, quando 74% dos pedidos são realizados.

Um dos fatores críticos de escolha e utilização das plataformas é o tempo. 

A velocidade de entrega é a maior variável na satisfação do cliente, com uma média de 60% dos consumidores nos mercados, citando-a como um fator chave. O tempo de espera ideal não passa de 60 minutos.

Por exemplo, há empresas que oferecem programas de assinatura para seus clientes. Por um valor fixo a cada mês, recebem entregas gratuitas ilimitadas para seus pedidos, além de outros descontos e ofertas. Com benefícios como esse, os consumidores ganham pedindo tudo o que querem e no momento que querem e claro, recebem exatamente dentro do prazo determinado.

O take-away no setor food service é rentável para quem?

O business de entregar refeições de restaurantes para domicílios têm passado por mudanças profundas. E são mudanças que acontecem à medida que novas plataformas online correm para conquistar mercados e clientes em todo o mundo. 

Mesmo que essas plataformas tenham poder de atração de rodadas e mais rodadas de investimentos e altas avaliações – hoje, cinco já se tornaram os famosos unicórnios -, existe pouco conhecimento real sobre a dinâmica do mercado e o potencial de lucro para quem aposta nesses negócios.

Ainda não há exatidão em como os investidores devem obter o ROI. Mesmo que o volume de pedidos e a quantia de dinheiro que o consumidor final coloca nessas plataformas todos os dias, ainda não há um breakeven de toda a operação. Os custos com os comissões dos restaurantes, valores de fornecedores e outras necessidades operacionais, como o salário dos entregadores não garante lucratividade aos negócios.

O processo de entrega já vai além do tradicional “pede e entrega”. O crescimento da tecnologia digital altera, a passos largos, o mercado. Os consumidores acostumados a fazer compras on-line por meio de aplicativos ou sites, com o máximo de conveniência e transparência, esperam cada vez mais a mesma experiência na hora de pedir o jantar.

Em todo o mundo, o mercado de entrega de alimentos vale em torno de 83 bilhões de dólares, ou 1% do mercado total de alimentos e 4% dos alimentos vendidos em restaurantes e redes de fast-food. 

Atualmente, apenas 11% da população mundial tem acesso a plataformas de entrega de alimentos. Assim que  as empresas se expandem e inovam para pegar mais barrigas e carteiras é provável que o market share também sofra uma expansão. A tendência é que todo o processo e experiência seja mais eficaz – em termos de tempo, custo e esforço – encomendar literalmente qualquer tipo de alimento que se deseje e entregá-lo à sua porta, seja por drone, robô, entregadores etc.

Conclusão

Apesar das enormes receitas e investimentos, as empresas por trás das plataformas de entrega de alimentos ainda não obtêm lucros e melhores resultados de negócio. Principalmente devido às altas taxas de queima de caixa.

Agora, o que impulsionará a lucratividade dessas empresas? É a pergunta de mais de um milhão de dólares.

Um eventual declínio na disposição dos players de mercado de gastar agressivamente para adquirir clientes. Isso exigirá menor intensidade promocional e de publicidade e maior eficiência, o que levaria a mais entregas por hora. Ou seja, apostar mais em estratégias de qualidade do serviço do que na quantidade realizada.

 

 

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