Uma única decisão é capaz de desencadear uma série de acontecimentos positivos ou negativos. A dimensão disso é ainda maior quando se trata de uma empresa. Afinal, uma escolha errada é capaz de afetar recursos financeiros e até pessoas. Diante disso, a capacidade do profissional de fazer a resolução por meio de uma gestão estratégica é essencial para gerar bons resultados.
Mas afinal, o que é gestão estratégica?
No livro “Gerenciamento estratégico: conceitos e casos”, os autores Thompson e A. J. Strickland definem o termo. Para eles, a gestão é um processo no qual os gerentes estabelecem uma direção organizacional de longo alcance.
“[Visando] o desempenho esperado a partir dos objetivos específicos, desenvolvendo estratégias para alcançar estes objetivos à luz de todas as relevantes circunstâncias internas e externas e comprometendo-se na execução dos planos de ação selecionados”, explicam.
Agora já sabemos mais sobre o conceito. Precisamos, então, compreender o termo a partir do contexto que estamos inseridos atualmente. Vivemos em uma época na qual as comunicações fluem com rapidez e, por conta disso, somos obrigados a fazer escolhas imediatas.
Todavia, optar por algo de forma mecanizada, ou seja, sem pensar nas suas consequências, é uma atitude de risco e que pode gerar sérios prejuízos. Nesse sentido, a decisão tomada por meio de uma gestão leva em consideração aspectos fundamentais de uma empresa, e também alguns macetes, para que haja mais probabilidade de um resultado positivo.
Quer saber quais detalhes são essenciais para colocar em prática a gestão estratégica? Confira abaixo!
Conheça os objetivos da empresa
Uma empresa precisa ter objetivos específicos. São eles que determinam as decisões tomadas para chegar onde se quer. Uma forma muito simples de entender isso é pensar em um motorista que dirige seu carro e precisa chegar em determinado lugar. Todavia, ele não possui mapas ou qualquer indicação de como chegar no destino. É bem provável que fique perdido e que demore muito mais para chegar.
O mesmo se aplica a um CEO que atua sem entender os objetivos, metas, missão e valores da empresa. Provavelmente, suas decisões serão tomadas por achismos e sem base concreta de um direcionamento efetivo. Desta forma, os objetivos são como um mapa que permitem seguir caminhos com mais embasamento.
Evite a impulsividade
Sabemos que vivemos uma época com tecnologias e essas exigem uma comunicação rápida. No entanto, quando se trata de estratégias, é melhor esperar antes de efetivá-las.
Isso porque a impulsividade não permite levar em consideração fatores importantes. Além disso, geralmente, uma escolha rápida tende a ter uma carga emocional muito alta que inviabiliza questões racionais. Sendo assim, sempre que possível, não tome decisões precipitadas.
“No mundo complexo, fluido e interdependente atual, nenhum de nós pode prever o futuro com precisão. E às vezes é difícil pensar claramente sobre questões nebulosas. O importante é ter tempo para abrir a mente, montar a equipe certa e analisar suas opções com lentes humanistas” (Joseph L. Badaracco).
Considere os diferentes cenários das decisões
No início do texto, falamos sobre como uma decisão pode desencadear uma série de acontecimentos. Isso é mais conhecido como “Efeito Dominó” e pode ser uma ótima maneira de entender as consequências de uma escolha.
É muito comum que tenhamos em mente somente uma perspectiva quando pensamos em algo. Entretanto, sempre haverá diferentes cenários das nossas escolhas. Por isso, é importante pensar sobre eles.
Uma forma eficiente é fazer algumas perguntas como: quais as consequências disso? Quais são os lados positivos e negativos? Perguntas como essas permitirão que a conclusão seja realizada de forma mais racional e considerando todos os riscos e desafios.
Explore novas opções
Somos criados em um mundo dualista. Sim ou não. Verdade ou mentira. Certo ou errado. Contudo, nem sempre as decisões precisam ser pensadas dessa forma. Existe um meio termo e também há outras opções. É preciso superar dicotomias e criar perspectivas que possam gerar novos caminhos.
Como já disse o escritor e psicólogo Edward de Bono, “não há dúvida de que a criatividade é o recurso humano mais importante de todos. Sem criatividade, não haveria progresso e estaríamos para sempre repetindo os mesmos padrões.”
Sendo assim, tente ver uma situação por meio de outros caminhos, converse com outras pessoas, pesquise sobre o assunto. Tudo isso ajudará a ver a situação sob um outro ângulo e poderá ser muito útil. Contudo, lembre-se de que, para explorar novas opções, é necessário levar em consideração todos os tópicos mencionados acima.
Gestão estratégica após a tomada de decisão: é necessária?
Sim. A gestão estratégica de uma tomada de decisão envolve desde sua escolha, em si, até o resultado. Por isso, após a opção ser realizada, será necessário seguir com algumas etapas. Veja quais são elas!
Faça o planejamento
Seja qual for sua escolha: a criação de um site, fusão de uma empresa, a contratação de uma empresa terceirizada ou o lançamento um serviço, será necessário planejar antes de colocar em ação. O planejamento envolve desde a questão financeira até os objetivos que devem ser alcançados e permite uma escolha mais segura.
Realize um controle
Após realizar o planejamento e executá-lo, é indispensável que haja um controle sobre o andamento. O controle é importante, pois permite entender o cenário como um todo. Ademais, quando algo sai de forma indesejada, é possível criar estratégias ou simplesmente fazer pequenas mudanças.
Analise os resultados
O impacto de uma decisão precisa ser mensurado, já que o resultado permite entender o processo como todo. A análise ainda proporciona ao gestor enxergar onde há erros, acertos e até o que precisa ser melhorado. Nesse sentido, não é exagero afirmar: a mensuração é uma grande aliada de um gestor e da gestão estratégica.
Por fim, vale lembrar que cada etapa mencionada neste texto é essencial. Entretanto, também é necessário destacar que, muitas vezes, algumas decisões contam com possíveis soluções. Por exemplo, no artigo “Ampliar a equipe ou contratar uma agência de comunicação? Eis a questão!” tratamos de um dilema muito comum entre os CEOs. Não deixe de ler para compreender do que estamos falando!