Comunicação empresarial na era da diversidade e inclusão: sua empresa está preparada?

Comunicação empresarial na era da diversidade e inclusão: em um contexto internacional de avanços e progressos no campo social, ainda encontramos diversos entraves para o aceite da diversidade e inclusão no meio empresarial. Apesar de tímidos, os passos dados pelas marcas, nos últimos tempos, vêm se apresentando cada vez mais adequados a essa nova realidade.

Assim, em um mundo mais preocupado com a inclusão e a diversidade, as marcas têm não apenas como estratégia, mas também como um dever social, incluir esses valores em suas práticas. Mas como adaptar a comunicação empresarial nessa nova realidade? No post de hoje trouxemos tudo sobre o assunto. Confira!

Diversidade e inclusão hoje

Quando falamos sobre diversidade e inclusão no mundo empresarial nos dias de hoje, é clara a referência aos setores da sociedade chamados de minorias. Isso inclui públicos, como: LGBTI+; grupos étnicos, como afrodescendentes e indígenas; pessoas com deficiências, entre outros.

A discussão sobre a inserção das pautas de direitos desses grupos na sociedade é, infelizmente, ainda muito recente. O Brasil se encontra atrasado nesse sentido, sendo, segundo a ONG Transgender Europe (TGEU), o país que mais mata transgêneros em todo o mundo.

E esse é apenas um dado que mostra como a discussão sobre a inclusão e a aceitação da diversidade social nunca foi tão necessária quanto atualmente. Por isso, cada vez mais negócios têm tomado a frente em algumas vertentes da comunicação empresarial.

Um bom exemplo é a Skol, que quebrou o paradigma da produção de comerciais de cerveja voltados para a exploração do corpo feminino, ao convidar mulheres artistas, em 2017, para redesenhar anúncios antigos da marca. Dessa maneira, a empresa se coloca em um momento de evolução das suas estratégias de marketing e comunicação, destruindo estereótipos e quebrando preconceitos.

O cuidado necessário na comunicação

Quando falamos da comunicação empresarial aplicando estratégias que atuem em conjunção com os ideais de diversidade e inclusão social, é fundamental ter muito cuidado com a maneira que isso acontece. Afinal de contas, nada pior do que passar uma imagem de um aproveitamento barato.

Isso acontece porque, com o desenvolvimento acelerado das discussões sobre o tema, algumas marcas têm aproveitado a visibilidade do assunto para lucrar em cima do mesmo sem, de fato, aplicar os valores em suas práticas do dia a dia.

Esse tipo de acusação é muito mais comum do que se imagina, principalmente entre o público LGBTI+. Uma prática muito conhecida, denominada de “pink money” (ou “dinheiro rosa”, em inglês), consiste na exploração do consumo de produtos e serviços voltados para o público LGBTI+ por marcas e empresários que, na prática, atuam contra esse grupo social.

Pensando nisso, é essencial que ações voltadas para práticas de respeito à diversidade e à inclusão social aconteçam a partir de uma mudança interna de valores. Isso significa que, mais do que aproveitar para se mostrar como um negócio inclusivo, a empresa seja, de fato, inclusiva.

Mudando valores e quebrando paradigmas

O respeito à diversidade e inclusão social é, hoje, uma questão de evolução e cumprimento dos direitos humanos. É entender que cada pessoa tem o direito de ser quem ela é, sem sofrer preconceito ou discriminação, seja racial, de gênero, cultural ou religiosa.

Assim, empresas que pregam esse tipo de postura devem agir em prol da diversidade. Boas práticas iniciais podem girar em torno da acessibilidade, em ações que vão desde a utilização de materiais em braile e computadores para deficientes visuais a, até mesmo, uma readequação inclusiva do quadro de funcionários.

De fato, tudo passa pelo entendimento que, independentemente de etnia, credo, condição social, necessidades especiais, gênero ou qualquer outro fator, toda pessoa pode colaborar com a empresa. Esse pensamento deve permear as práticas de contratação de novos funcionários e também as ações sociais do próprio negócio, além da filosofia interna e na maneira como os colaboradores são tratados.

O respeito às características individuais deve vir antes de qualquer ação, sempre despido de preconceito e discriminação, uma vez que esse tipo de pensamento não leva em consideração a capacidade profissional de cada um.

É essencial ter em conta, também, que o cenário atual da nossa sociedade é extremamente desigual, de modo que as minorias não têm as mesmas oportunidades que o restante da população, o que faz com que sejam necessárias políticas de inclusão social. Essas estratégias devem partir não apenas do poder público, mas também do setor privado, possibilitando que todas as pessoas tenham acesso aos mesmos direitos e deveres.

A comunicação empresarial para diversidade e inclusão

Em um cenário mundial onde as políticas de inclusão e diversidade representam uma tendência global nas empresas, as marcas que optam por se manter no passado estão fadadas a perder público e serem superadas pela concorrência.

Neste contexto, a comunicação empresarial e o marketing são as melhores estratégias para explicitar para o público que o seu negócio é verdadeiramente inclusivo e respeita a diversidade social.

Esse tipo de estratégia deve ser aplicada de maneira natural e não necessariamente explícita. Isso significa que a simples veiculação de um comercial, no qual uma família é composta por membros de diferentes etnias e orientações sexuais, pode ser extremamente representativa para a inclusão social. Algumas empresas, como a marca de cosméticos Boticário, passaram a veicular, nos últimos anos, peças publicitárias que pregam diversidade e inclusão.

Ainda que muitas dessas questões sejam vistas como tabu por grande parte da sociedade, é fundamental que as marcas se posicionem e ajam como verdadeiros agentes de evolução e mudança por um mundo mais diverso e inclusivo.

Além do importante papel social presente nesse tipo de ação, existem ainda grandes possibilidades de reforço no branding das empresas, que passam a ser vistas como a vanguarda de um movimento ainda muito incipiente, principalmente quando falamos do cenário brasileiro.

No mundo de hoje, ser uma empresa inclusiva e que respeite a diversidade das pessoas é, praticamente, uma obrigação para aqueles negócios que se intitulam atuais e modernos. Cada pessoa, seja ela física ou jurídica, tem o dever cidadão de atuar como um agente da inclusão e do respeito. Você está pronto para trazer diversidade e inclusão para a sua empresa?

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