O home office passou de alternativa possível para único modelo seguro de funcionamento para muitos negócios durante a pandemia de coronavírus. E isso tem tudo a ver com um futuro que vai muito além da crise atual.
A pandemia do novo coronavírus causou, causa e ainda vai causar muitos impactos de diferentes formas nas pessoas, nos governos, nas empresas e nas relações de negócios como um todo.
Como acontece em toda crise, seja ela causada por uma pandemia, por uma guerra ou por algum outro fator, além dos sérios problemas que precisam ser resolvidos, surgem novas possibilidades, novas oportunidades e a abertura de portas para a inovação e criatividade.
Uma lição que a crise causada pela COVID-19 trouxe está diretamente ligada à questão do home office ou trabalho remoto. O atual cenário serviu para quebrar preconceitos, derrubar mitos e provar que o home office é uma prática que pode ser adotada por diferentes tipos de empresas e negócios.
Mas, como tudo na vida, é preciso passar por um período de adaptação e ajustes até que as condições ideais sejam desenvolvidas.
O Home office antes da pandemia
As políticas de home office já eram muito conhecidas e popularizadas entre colaboradores e empresas com foco maior em tecnologia. Startups de modo geral, fintechs e outras empresas do tipo já nasceram com estas políticas em seu DNA.
O home office, além de ser um modelo que gera economia para as empresas, também é um elemento de atração para novos talentos. Atualmente, muitos profissionais buscam um maior equilíbrio entre os compromissos profissionais e pessoais. E poder contar com uma rotina de trabalho aderente ao home office faz brilhar os olhos de muita gente, principalmente profissionais da geração millennial.
Entretanto, em empresas com modelos de negócios e gestão mais tradicionais e conservadoras, o trabalho remoto não era visto com bons olhos. Empresários contestavam esta opção, alegando queda de produtividade, falta de engajamento dos colaboradores outras coisas mais.
Mas um dos legados do novo coronavírus será a aderência forçada de vários negócios à transformação digital. O trabalho remoto e o home office estão inseridos neste contexto, numa realidade que, em nome da saúde pública, se sobrepõe a ideias pré-conceitos anteriormente perpetuadas.
Os benefícios do home office para os colaboradores e para as empresas
“É preciso ser flexível com estruturas e modelos corporativos para prosperar. E sempre ter em mente os benefícios que esse modelo de trabalho trazem para o empregador, como aumento entre 15% e 30% na produtividade do colaborador.” A frase é de André Miceli, que desenvolveu um estudo que aponta as principais tendências de marketing e tecnologia para os próximos anos, e claro, a adoção do home office por mais empresas e profissionais também está entre um dos principais pontos.
Estima-se que, após a pandemia, a aderência ao home office vai crescer em 30%. Isso por que agora ficou claro para todos que esse modelo de trabalho é benéfico não somente para os trabalhadores, mas também para a sustentabilidade dos negócios.
Entre os benefícios para colaboradores, pode-se destacar:
- Sentem-se mais satisfeitos com as rotinas de trabalho;
- Não precisam enfrentar grandes e longas jornadas de trânsito;
- Têm gastos pessoais com alimentação, transporte e outros reduzidos;
- Têm mais flexibilidade e balanço entre rotinas pessoais e profissionais.
E muito mais.
Do lado das empresas, também é possível levantar alguns benefícios como:
- Economia de recursos em escritórios e facilities;
- Possibilidade de contratação de talentos em qualquer lugar do mundo;
- Colaboradores mais engajados e fiéis à empresa;
- Otimização de rotinas e atividades.
E, claro, outros tantos benefícios embutidos.
Adaptações às políticas de Home office
Os benefícios da implementação de políticas e infraestrutura de trabalho remoto são claras. Porém, não são aplicáveis a todas as empresas e modelos de negócio. Por isso, é preciso ter cuidado e bom senso, até mesmo ao iniciar este tipo de conversa em uma organização.
Empresas que contam com equipes de campo, fábricas que precisam de operários in loco e outras diversas corporações ainda contam e precisam da “mão de obra física” para entregarem seus produtos e serviços. É provável que, em algum momento do futuro, a tecnologia possa permitir que estes profissionais também possam trabalhar remotamente. Mas, até o momento, não é totalmente aplicável para fábricas, empresas de transporte e outras do tipo.
Uma outra questão que também deve ser levada em conta é a estrutura disponível para o trabalhador que opta pelo home office. É preciso questionar e averiguar se:
- Há recursos e infraestrutura de comunicação suficientes para a realização do trabalho?
- Os equipamentos são apropriados ergonomicamente para manter a integridade física do colaborador?
- A experiência de trabalho é tão benéfica quanto se o trabalhador estivesse na sua empresa?
Essas e outras muitas questões precisam estar alinhadas previamente entre a empresa e o colaborador para que, ao longo do tempo, não haja frustrações e quebras de expectativas entre uma parte ou a outra, ou ambas.
Home office, trabalho remoto, tecnologia e o futuro
“Quanto mais a tecnologia avança, mais as características humanas tendem a se sobressair. As empresas que adotarem o home office vão precisar criar momentos de interação, de cultura, de aproximação dos times. Veremos uma sociedade cada vez mais distante fisicamente, porém unida pela tecnologia e por estes eventos.”, diz André.
A crise causada pela pandemia do novo coronavírus nos mostrou que o futuro é incerto e que a partir de agora muita coisa será diferente. Viveremos um “novo normal”, que ainda é desconhecido por muitos e pouco familiar para tantos. A principal lição já é conhecida há tempos: sobrevive não aquele que é mais forte, mas sim aquele que melhor se adapta. Portanto, cabe às empresas a às pessoas se adaptarem, à medida do possível, para que estejam preparadas para os próximos dias.
“Encontrar a produtividade no trabalho remoto, escolher as tecnologias certas, gerar experiências positivas para equipes e clientes são ações que podem ser tomadas logo. Talvez tenhamos novas quarentenas, talvez uma vacina mude de novo o rumo da história, mas o fato é que não será possível esperar um céu de brigadeiro para que se defina uma nova forma de operar. As empresas que encontrarem seu caminho rapidamente irão prosperar — e os profissionais que liderarem suas organizações serão capazes de não apenas entender o atual momento, mas construir o futuro”, finaliza André Miceli.
Agora que você, como nós, também já está se antecipando às mudanças do mercado para, assim, estabelecer os próximos e estratégicos passos dos negócios, conheça o conceito de comunicação pro business e ressignifique sua gestão de marketing a partir de hoje. Obrigado por ler!