Você pode até não perceber (ou querer ignorar), mas estamos dentro de uma revolução. Uma revolução digital e tecnológica que impacta dramaticamente nas relações de poder e em nossa forma de nos relacionarmos, interagirmos, vivermos e fazermos política. Ou seja, o que presenciamos são profundas mudanças em nossos hábitos culturais e sociais.
Estamos sendo obrigados a lidar com a distribuição do poder da comunicação entre nós. No meio desse turbilhão, a internet tem condicionado as pessoas a uma vida cada vez mais pautada em momentos fragmentados, numa velocidade de informação até então impensável.
Neste momento, grandes empresas de comunicação digital estão gastando bilhões de dólares para que você olhe para a tela do celular e dela consiga resolver seus problemas. No planeta, existem hoje cerca de 4 bilhões de pessoas conectadas (dados da União Internacional das Telecomunicações, órgão vinculado à Organização das Nações Unidas – ONU), e elas estão procurando por informação específica, confiável, veloz e fragmentada.
Elas procuram aquilo que passou a ser conhecido por micromomentos.
A batalha pela conquista do consumidor, do público, do voto, do engajamento e da atenção por mais do que segundos passou a ser conquistada com mensagens que ganham as pessoas em instantes. São mensagens objetivas. Não à toa, as taxas de rejeição de sites e posts mostram-se assustadoras.
Segundo o Google, 94% dos usuários de smartphones procuram por informações rápidas em seus aparelhos enquanto estão em meio a tarefas e 80% dos brasileiros que possuem esses aparelhos usam seus dispositivos para saber mais sobre algum produto ou serviço que querem comprar.
Tomadas de decisão via celular
Sim, o celular é uma das razões dessa mudança de cultura: entre 2014 e 2015, também segundo o Google, houve um aumento de 112% na participação dos smartphones no acesso à internet. No mesmo período, foi registrada uma queda de 9% no tempo gasto por visita à rede e um aumento de 74% nas taxas de conversão mobile (compras efetivadas por meio de um dispositivo móvel).
Isso quer dizer que as pessoas conectadas passaram a tomar decisões em instantes de impulso, gerados a partir de uma necessidade que não tem mais hora marcada para se manifestar. Ela define sua necessidade e resolve seus problemas em segundos, ou seja, em micromomentos.
Nova forma de comunicar
Este fenômeno demanda uma mudança radical na forma com que as empresas de comunicação, assessoria de imprensa e marketing devem ser relacionar com seus públicos-alvo. Empresas passam a ter que esquecer a forma prolixa e detalhada que muitas vezes era usada para conseguir o objetivo proposto e começam a trabalhar com objetividade a informação a ser divulgada.
Passaram a ter que se posicionar socialmente, a falar sobre os problemas estruturais das sociedades e do mundo. Precisam se posicionar não apenas visando o lucro, mas buscando participar da sociedade, fazendo alguma diferença para cada um de nós e se engajando nas causas em que acreditamos.
Fato é que a esmagadora maioria das empresas está perdida nesse processo, sem saber que rumo tomar.
O individual com potencial de massa
A revolução em curso demanda a transição da comunicação de massa para uma intercomunicação individual, que tenha o potencial de alcançar uma audiência de massa, mas com um formato que precisa ser engajado, atrativo, direto e eficiente (como não necessariamente precisava ser a comunicação antes da era digital).
Não se escolhe mais estar nas redes. Escolhe-se como se posicionar, como ser efetivo. E são as respostas objetivas e rápidas, que forneçam micromomentos consistentes, capazes de atender a demandas em poucos segundos, o que determinará a importância de cada agente nas redes e o sucesso ou o fracasso de sua comunicação.
Sua empresa está pronta para lidar com isso?